Neste dia cinzento e frio
Num cemitério sombrio
Ressuscita-se a saudade...
Por entre túmulos tortos
Sobre a pegada dos mortos,
Nega-se a triste realidade!
Flores alegres e coloridas
Perfumam a ausência de vida
Que se oculta sob a lápide insensível
Sonhos...amores...dores...sepultados
Planos interrompidos e não realizados
Partiram para a esfera intangível
A saudade sacode e oprime o peito
De quem vive e não entende direito
Porque tudo tem que ser finito
A saudade rememora o caixão
Os lábios pronunciam uma oração
Que sobe – triste lamúria! Ao infinito.
O peito é invadido pela dor
Causada pela partida do amor
Quando cicatrizará essa ferida?
Em algum lugar, nossos entes queridos
Alheios aos nossos soluços incontidos –
Celebram em festa a verdadeira VIDA!
Texto escrito por Alexandre Brito (02/11/2011)
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