sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O ANEL DO PROFESSOR


- Professor, eu me sinto um inútil. Não tenho força alguma. Dizem-me que não sirvo para nada... que sou lerdo... um completo idiota. Ajude-me, por favor!

 O professor, sem olhá-lo, disse-lhe: 
- Sinto muito, meu jovem. Você me pegou num dia ruim. Estou tentando resolver um sério problema. Volte outra hora, por favor.

Quando o jovem já ia saindo, o professor lhe propôs: 
- Bem, se você me ajudasse, eu poderia resolver o meu problema mais rápido, daí a gente poderia conversar...

- C... Claro, professor, gaguejou o jovem, bastante inseguro.

O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno e disse ao garoto: - Monte meu cavalo e vá até o mercado vender este anel. Preciso pagar uma dívida, mas, por favor, não o venda por menos que uma moeda de ouro. Vá correndo e volte o mais rápido que puder.
 
Mal chegou ao mercado, o jovem começou a oferecê-lo a todos que encontrava. Eles olhavam com algum interesse, mas, quando o jovem dizia quanto pretendia pelo anel, eles riam, volviam-lhe as costas, ignoravam-no. Somente um velhinho, vendo o sofrimento do rapaz, foi simpático com ele, e lhe explicou que uma moeda de ouro era muito dinheiro por aquele anel.

Um outro, tentando ajudar, chegou a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem, seguindo as orientações do seu professor, recusou a oferta.

Abatido pelo fracasso, montou novamente o cavalo e, muito triste, voltou para a casa do professor. Chegou mesmo a desejar ter uma moeda de ouro e comprar aquele anel, mesmo que não valesse tanto, somente para ajudar seu mestre.

Ao entrar na casa, relatou: - Professor, sinto muito, não consegui vender o anel. É impossível conseguir o que o senhor está pedindo por ele. Talvez eu possa conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas, não mais que isso. Não podemos enganar ninguém sobre o valor deste anel.

- Você tem razão, meu amigo. Antes de tentar vender o anel, deveríamos, primeiro, saber seu real valor. Não queremos enganar ninguém, nem ser enganado, não é mesmo? Por favor, faça-me mais uma coisa: Monte novamente o cavalo e vá até o joalheiro; quem melhor do que ele para saber o valor deste anel? Diga-lhe que eu quero vendê-lo e pergunte quanto ele pode ofertar, mas, atenção meu amigo, não importa o quanto ele ofereça, não venda o anel ao joalheiro. Apenas pergunte o valor do anel e o traga de volta.
 
Ainda tentando ajudar seu professor, o jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro, então, lhe disse: - Diga ao professor que, se ele tem pressa em vender o anel, não posso lhe dar mais do que 8 moedas de ouro...

- 8????? Perguntou o jovem.
- Sim, replicou o joalheiro, posso chegar a lhe oferecer até 10 moedas, mas, só se ele não tiver pressa.

O jovem, emocionado, correu até a casa do professor e contou-lhe tudo:
– 8 moedas de ouro, uau! – exclamou o professor, e rindo, zombou: - Aqueles homens no mercado deixaram de fazer um bom negócio, não é mesmo? 
– Sim, professor, concordou o menino, todo empolgado.

- Então, professor, perguntou o menino, o senhor vai vender o anel por 8 ou por 10 moedas? 
– Não vou vendê-lo, respondeu ele, fiz isso apenas para que você entenda uma coisa: - Você, meu jovem, é como esse anel: uma jóia valiosa e única. Mas, somente pessoas sábias podem avaliar seu real valor. Ou você pensava que qualquer um poderia avaliá-lo corretamente? Não! Não importa o que digam de você, o que importa é o seu real valor. E, dizendo isso, colocou seu anel de volta no dedo.
 
- Todos nós somos como esta jóia: únicos e valiosos. Infelizmente, passamos a vida andando por todos os mercados da vida, barateando nosso próprio valor, pretendendo que pessoas mal preparadas nos valorizem. Ninguém deveria ter a força de nos fazer sentir inferior, sem o nosso consentimento. Cada um de nós é especial, pois foi Deus que nos fez.
 
"Não se julguem melhores do que realmente são. Ao contrário, sejam modestos nos seus pensamentos, e cada um julgue a si mesmo conforme a fé que Deus lhe deu". (Rm 12.3)

Fonte: Do livro Autoestima, de Miguel Angel Montoya e Carmen Elena Sol, Editorial PAX, México

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1º Dia: O amor é paciente                                 S e jam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes,  suportando uns aos ou...