Era uma vez um depósito de vasos quebrados.
Um dia, por engano, um vaso inteiro foi parar no meio dos
vasos quebrados, mas, por ser diferente dos demais, de imediato ele foi
rejeitado e hostilizado. Justo ele, que tinha uma necessidade miserável de ser
aceito.
Tentou se aproximar dos vasos menos danificados, aqueles que
tinham apenas a boca rachada, mas, não deu certo. Depois, procurou se aproximar
dos vasos que tinham apenas um pequeno furo na barriga, mas, também foi
repelido. Tentou uma terceira vez, com os vasos que estavam trincados na base,
mas, não adiantou.
Resolveu, então, arranjar umas brigas, esperando conseguir
um ferimento, um risco, uma trinca ou, quem sabe, com um pouco de sorte, até um
quebrado bacana, mas, naquele lugar, ninguém tinha força bastante para quebrar
os outros. Se algum vaso quisesse se quebrar, tinha que fazer isso sozinho.
E foi isso mesmo que ele fez! E conseguiu o que queria, ser
aceito no clube dos vasos quebrados.Ficou feliz, realizado, mas, não por muito tempo, pois, logo
começou a se incomodar com uma outra necessidade, a de ser respeitado pelos
demais vasos quebrados.
Para isso, teve que ir-se quebrando. E se quebrou em tantos
pedaços que voltou ao pó.
E deixou de ser vaso!
Deixe o oleiro te fazer de novo!
Não mais vivo eu, mas Cristo vive em mim!
Quero deixar o meu velho eu, para que tua imagem se reflita através de minha vida!
Fonte: Site do
Pastor