O Pastor americano Philip Wagner publicou em seu
Blog (http://www.philipwagner.com) um interessante e
inspirador artigo sobre a difícil tarefa de ser pastor. Ele começa dizendo que
Peter Drucker, uma espécie de guru de liderança, disse que os quatro trabalhos
mais difíceis na América são: Presidente dos Estados Unidos, Reitor de
universidade, Diretor de Hospital ePastor.
Wagner acha estranha a afirmativa, pois pastores
amam a Deus, amam as pessoas, oram por elas, levam-nas a uma fé pessoal em
Jesus, ensinam a Palavra de Deus, portanto, deveria ser o trabalho “dos
sonhos”. Já imaginou, você poder ler a Bíblia todos os dias, ter tempo para orar,
brincar, sair com sua família, passear… não deveria ser trabalho difícil.
Todavia, diz Wagner, Aqui está o segredo: “ser
pastor é trabalho duro, não é para os fracos”. O trabalho pastoral tem desafios
únicos e muitos se desgastam tentando ajudar as pessoas. Muitos ferem suas
famílias por causa do ministério pastoral.
Ele apresenta a realidade das igrejas nos EUA,
onde, aproximadamente 85% têm menos de 200 pessoas; 60% têm menos de 100
pessoas. A congregação de tamanho médio nos EUA é de 89 pessoas, de acordo com
o Grupo Barna. São poucos os líderes e muitas as necessidades. Em muitas
situações, o pastor é um professor de Bíblia, contador, estrategista,
visionário, técnico em informática, conselheiro, orador público, dirigente de
culto, guerreiro de oração, mentor, instrutor de liderança e o captador de
recursos financeiros.
- 90% dos pastores dizem que o ministério é completamente diferente do que aquilo que eles pensavam quando entraram no mesmo.
- 70% dizem que têm uma baixa auto-imagem agora do que quando começaram.
Wagner expressa sua felicidade em ser pastor,
depois faz uma lista dos principais problemas enfrentados pelos pastores em
seus ministérios. Alguns dos problemas únicos que enfrentam pastores
são:
1. Crítica
Pastores podem ser criticados por um monte de gente
e por uma infinidade de coisas. “A música é muito alta”. “A adoração está
levando muito tempo”. “O sermão não é profundo o suficiente e é muito longo”.
“O Pastor se acha muito importante, levei 3 semanas para conseguir que ele me atendesse”.
“O Pastor fala demais sobre dinheiro”. “Posso falar com você por um minuto, o
Pastor?”. Essa simples pergunta pode levar um pastor a pensar: “O que foi
agora?”
Nós, pastores, precisamos encontrar uma maneira de
não aceitar críticas pessoalmente e aprender com as verdades que poderiam estar
escondidas nas críticas.
2. Rejeição
A saída de membros e líderes da igreja apresenta
uma realidade: as pessoas saem. Quanto menor for a igreja, o mais óbvio é
quando as pessoas saem. Alguns saem por decisões razoáveis, outros saem sem
motivo algum.
Wagner diz: “Quando a nossa igreja tinha cerca de
150 pessoas e alguns saíram, foi tão decepcionante. Tentei me consolar
pensando: ‘dezenas podem estão saindo de nossa igreja, mas milhares de pessoas
saíram da igreja de Jack, e ele é um grande pastor’”. Isso só ajudava por um
minuto.
“Estamos saindo”. ”Queremos algo mais profundo”.
“Minhas necessidades não estão sendo supridas aqui.” Esses comentários podem
soar como uma rejeição pessoal.
Cada pastor já ouviu: “Eu não estou sendo
alimentado aqui”. Sério? Não sendo alimentado? Nas igrejas? Como isso é
possível? Uma das condições mais difíceis de conseguir é ter uma “pele dura e
um coração mole”. Ame as pessoas e mantenha o bom ânimo.
3. Traição
Confiar assuntos pessoais a membros da igreja pode
ser um tiro pela culatra. Eles podem acabar dizendo as questões pessoais a
outros pastores.
O pastor confia em uma pessoa com a uma função ou
título e a pessoa usa a influência dada a ele para levar as pessoas para longe
do pastor. O beijo de Judas.
Na relação pastor/ovelha:
- 40% relatam um conflito com um membro da igreja pelo menos uma vez por mês.
- 85% dos pastores dizem que seu maior problema é que eles estão cansados de lidar com pessoas problemáticas, tais como presbíteros e diáconos descontentes, líderes de louvor, as equipes de adoração, conselheiros e pastores auxiliares.
Os pastores apresentam como primeira razão para
deixar o ministério o fato de as pessoas da igreja não estarem dispostas a ir
na mesma direção e objetivos do pastor. Pastores dizem que Deus quer que eles
vão em uma direção, mas as pessoas não estão dispostas a seguir ou mudar.
40% dos pastores dizem que eles pensaram em deixar
seus pastorados nos últimos três meses.
Nós, pastores, temos que encontrar uma maneira, com
a graça de Deus, de amar as pessoas como se nunca tivéssemos sido feridos
antes.
4. Solidão
Quem é meu amigo? Em quem posso confiar? Se eu
contar a outro pastor meus problemas, ele vai me criticar, dizer aos outros ou
simplesmente me tratar de forma diferente.
70% dos pastores não têm alguém que consideram um amigo próximo.
70% dos pastores não têm alguém que consideram um amigo próximo.
São meus amigos realmente meus amigos ou apenas
membros da igreja, que são amigos temporários, que podem sair a qualquer
momento?
Amizades saudáveis são fundamentais para uma vida
satisfatória, especialmente para o bem estar de um pastor. Faça um esforço
especial nesta área.
5. Cansaço
- 50% dos ministros que estão começando o ministério não permanecem por 5 anos .
- 70% sentem que Deus os chamou para o ministério pastoral antes de seu ministério ter começado, mas depois de três anos de ministério, apenas 50%ainda se sente chamado.
Manter-se atualizado pessoalmente é uma arte e uma
ciência… e extremamente importante. Quando a fadiga chega – a fé pode se
dissolver. Cansaço muda a nossa interpretação de tudo. Falta de momentos de
descanso podem levar você a ver o copo com metade de água como um copo metade
vazio e ainda achar que a água é suja e contaminada.
6. Frustrações e
decepções
Desilusões vêm de várias formas. Por causa de congregações
pequenas a remuneração de pastores passa a ser um elemento de frustração e
decepção. Isto acontece especialmente quando, na própria igreja, o pastor não
consegue dar à sua família o que muitos de seus membros podem dar às suas
famílias.
Trabalhar no ministério pode não ser algo que traga
sucesso. Pastores trabalham em uma área que um bom trabalho e bom esforço nem
sempre garantem sucesso. Muitos pastores trabalham duro, são boas pessoas,
crentes sinceros, amam a Deus, conhecem a Palavra, têm grande conteúdo em seus
sermões, mas de alguma forma eles não estão tendo sucesso. É frustrante. É como
um líder de louvor que ama Jesus e tem uma voz ótima, mas de alguma forma não
pode levar as pessoas a uma experiência de adoração eficaz.
Alguns de seus líderes sentem que não conseguem
fazer nada direito. O ministério finalmente recebe impulso, e um líder na
igreja cai. As coisas estão indo bem e, em seguida, um casal, seus maiores
contribuintes, decidem sair. A igreja precisa de dinheiro, mas o pastor não quer
colocar muita ênfase em dinheiro. Não é sobre o dinheiro, mas torna-se sobre o
dinheiro. Tudo isso pode ser esmagador. Mais de 1.700 pastores deixaram o
ministério a cada mês do ano passado.
Mais de 3.500 pessoas por dia deixaram a igreja no
ano passado.
- 50% dos pastores sentem tão desanimados que deixariam o ministério, se pudessem, mas não têm outra maneira de ganhar a vida.
- 45,5 % dos pastores dizem que eles têm depressão experiente ou esgotamento na medida em que eles precisavam parar e ter uma licença do ministério.
Este não é o caso para todos os pastores. De fato,
muitos que eu conheço conseguiram lidar com essas questões.
COMO CRISTÃOS E
MEMBROS DA IGREJA PODEM AJUDAR?
- Ore por seu pastor
- Ore pedindo orientação, proteção, amigos saudáveis, seu casamento e família.
- Ore por inspiração, unção, pela equipe de liderança, por unidade e clareza.
- Proteja o seu pastor
- Não permita, nem participe de fofocas e críticas.
- Como você pode ajudar a prevenir a sobrecarga?
- Incentive o seu pastor
- Agradeça por seu trabalho e ministério. Agradeça-lhe por seu sacrifício.
- Diga-lhes um momento específico em que você ou alguém que você conheça experimentou uma mudança de vida em sua igreja.
- Honre-o para os outros.
- Deixe seus pastores saberem que você está orando por eles.
PARA PASTORES
Não desista, pastor!
Persistência é uma poderosa ferramenta.
Siga em frente. Realimente seu trabalho de amor,
dedicação e sacrifício.
Eu percebo que a última coisa que um pastor precisa
é de outro sermão. Mas estes versos me ajudaram:
“Portanto, não
jogue fora essa confiança confiante no Senhor. Lembre-se da grande recompensa
que traz a você! Perseverança é o que você precisa agora, de modo que você vai
continuar a fazer a vontade de Deus. Então você vai receber tudo o que ele
prometeu” (Hebreus 10.35-36)
“Então não vamos
cansar de fazer o que é bom. No momento certo vamos colher uma colheita de
bênçãos, se não desistirmos” (Gl. 6.9)
Tenha cuidado com a armadilha da comparação.
Olhando para outros ministérios pode ser inspirador. Comparando-se a outras
igrejas pode ser destrutivo e desanimador.
Faça amigos novos pastores. Exponha-se a novas
influências, a novos líderes, à igrejas ou ministérios que estão fazendo
algumas coisas de forma diferente.
Descubra algumas novas ideias. Algumas vezes uma
nova ideia pode mudar a dinâmica do ministério. Pastores que estão lutando ou
não estão mais no ministério podem ter experimentado a dor.
Encorajo-vos a encontrar a cura. Procure
aconselhamento; procure compartilhar seus segredos com pessoas seguras.
Lembre-se: você estará tão doente quanto os seus segredos.
* O Instituto Fuller, George Barna, e Pastoral Care
Inc. forneceram as estatísticas usadas nesta postagem.
Recebi pelo Pr Juarez do Santos
Fonte: Internet