terça-feira, 20 de novembro de 2012

Testemunho de Amy Carmichael

"Podes dar sem amar, mas não podes amar sem dar".
(Amy Carmichael)



"..., homens dos quais o mundo não era digno," (Hebreus 11:38)


Amy Carmichael nasceu no dia 16 de Dezembro de 1867,numa pequena vila na Irlanda do Norte. Era a mais velha dos sete filhos de David e Catherine Carmichael, um casal de presbiterianos devotos. Aos 26 ano, precisamente no dia 3 de Março de 1893, viajou para o Japão como missionária. Em 1895 voltou para casa, devido ao seu precário estado de saúde. Ainda no mesmo ano, já recuperada, saiu novamente como missionária, dirigindo-se desta vez para a Índia, onde permaneceu sem visitar á terra natal, até ir ter com o Senhor, isto em Janeiro de 1951.

Era uma candidata improvável para o trabalho missionário, pois sofria de neuralgia, uma doença dos nervos que lhe tornava o corpo fraco, dorido e que a deixava de cama semanas a fio. Foi na convenção de Keswick em 1887 que ouviu Hudson Taylor falar acerca da vida missionária. Pouco depois se convenceu do seu chamado. Ela foi comissionada pela “Missão Zenana da Igreja de Inglaterra". Muito do seu trabalho foi com moças jovens, algumas das quais foram salvas da prostituição forçada. A organização por ela fundada era conhecida por “Dohnavur Fellowship”.


Ainda recém-chegada á Índia, Amy passou uma noite com uma senhora crente que morava junto a um templo pagão. O templo era circundado por um muro de 10 metros de altura. Naquela noite, impressionada com um som de choro que vinha do outro lado do muro, Amy não conseguia dormir. Ela sabia que dentro do templo havia crianças escravizadas á religião pagã indiana. certamente choravam de medo, pensou. Angustiada, Amy saiu de casa. Foi até o quintal e, por algum tempo, caminhou de um lado para o outro. Finalmente, ajoelhou-se sob um pé de tamarindo, e parecia-lhe que o próprio Senhor Jesus viera e ajoelhara-se também ao seu lado.

"Senhor", ela orou, "Queres que eu tente libertar as crianças que estão nos templos? Queres que eu deixe o meu trabalho com os adultos e passe a cuidar só das crianças?

O "sim" do Senhor Jesus encheu-lhe o coração. Ela não podia negar uma chamada tão clara. Mas, como atendê-la. Como? Foi assim que começou um trabalho pioneiro para salvar as crianças da Índia - obra que requereria uma coragem do mais alto padrão.

A venda de crianças como prostitutas do templo, para serem “casadas com os deuses” e depois colocá-las á disposição dos hindus do sexo masculino que frequentavam o templo, era um dos “pecados secretos” do hinduísmo e mesmo alguns dos missionários estrangeiros recusavam-se a crer que fosse tão predominante como Amy afirmava. Alguns deles acreditavam que ela estava perdendo tempo á procura de crianças que nem sequer existiam. Mas Amy não deixou deter. Através da ajuda de mulheres indianas convertidas, que em certos casos percorriam o país como espiãs, ela começou vagarosamente a expor essa medonha chaga.

Embora não estivesse sozinha em sua campanha (os reformadores hindus revoltavam-se também com a prática), teve de enfrentar tremenda oposição. Mais de uma vez foi acusada de sequestro e a ameaça de dano físico se encontrava sempre presente. Não obstante, Amy prosseguiu em sua operação de salvamento e em 1913, doze anos depois de iniciar seu controverso ministério, tinha 130 crianças sob os seus cuidados. Nas décadas que se seguiram, centenas de crianças foram resgatadas e abrigadas em Dohnavur (conhecida com associação Dohnavur).

Como a entrada de estrangeiros no templo hindu era expressamente proibida, Amy conseguia tranquilamente ter acesso, pois disfarçava sua pele branca. Descobriu que o café deixava o seu rosto e braço do mesmo tom marrom-suave das mulheres indianas; para completar o disfarce vestia algumas roupas indianas – um “seelie”, uma longa túnica branca de mangas curtas, e “sári”, que cobria a cabeça e cujas pontas ficavam presas debaixo do braço.

Seus amigos missionários, ao verem-na vestida á indiana, disseram: Você parece mesmo uma indiana, é um ótimo disfarce. A sorte é que você tem olhos castanhos e não azuis, falou sua amiga. Repentinamente, Amy se lembrou da sua decepção quando criança ao orar a Deus fervorosamente pedindo-lhe olhos azuis, uma vez que toda a família os tinha. Amy sempre ouvia sua mãe dizer que Deus sempre responde as orações, mas desse pedido específico, Ele havia negado. Agora ela entendia perfeitamente porque seus olhos eram castanhos: ela iria precisar de olhos castanhos para o seu disfarce. De fato, Deus tinha dado a melhor resposta! 

Em um acidente Amy quebrou a perna e o tornozelo e durante 20 anos sentia dores para andar. Nos últimos 2 anos de sua vida , não conseguia sair da cama, apesar das fortes dores que sentia, o seu quarto era chamado “o Quarto da Paz”. Neste período tinha mais tempo do que antes e então começou a escrever a história dos 37 anos em que Deus a usou na Índia. Escrevia poesias, cânticos e um total de 13 livros depois do acidente. Foi através desses livros que cristãos de todo o mundo ficaram sabendo sobre as crianças dos templos da Índia. Como resultado, foram criadas leis na Índia declarando ser crime vender uma criança ao templo. A nova lei salvou milhares de crianças de um destino terrível.


Amy Carmichael morreu na Índia em 1951 com 83 anos de idade. Ela pediu para não porém nenhuma pedra tumular na sua campa; em vez disso as crianças que ela tanto amava puseram algo com a inscrição “Amma”, que significa mãe em Tamil, um dialecto indiano.

Enquanto servia na Índia Amy recebeu uma carta de uma jovem que queria ser missionária e que perguntava como era exercer essa função. Amy respondeu: A vida missionária é simplesmente uma forma de morrer”.

"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.(1 Co 15:5)

Fonte: http://redebeteldeeducacaocrista.blogspot.com.br/2012/09/comprando-criancas-para-deus.html#

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