Jezabel,
uma mulher que se parece muito com a mulher contemporânea... Ela é determinada,
“inteligente”, capaz de realizar várias funções, independente, decidida, entre
outras coisas.
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• I Reis 16:29-33:
Tudo
começou para o povo de Israel exatamente como tudo se inicia nas nossas vidas,
com uma decisão. Tempos atrás o povo de Israel pediu um rei para Deus e Ele deu
ao povo o que eles pediram, um rei – primeiro Saul, logo depois Davi, depois
Salomão.
Durante o reinado de Salomão a idolatria se espalhou tão
espantosamente que Deus decidiu acabar com o reino de Salomão. Porém, Ele tinha
prometido a Davi que o reino pertenceria aos seus descendentes. Então Deus
cumpriu sua promessa, dividiu a terra de Israel em dois reinos: Norte e Sul
dando o pequeno território do sul à descendência de Davi. O reino do Sul
(Judá-Roboão) havia tolerado a idolatria, mas foi no reino do Norte que a ela
foi promovida - com Jeroboão, quando fez os dois bezerros de ouro para que o
povo não fosse até Jerusalém adorar ao Deus eterno.
Acabe foi o sétimo rei de Israel (reino
do Norte), e é nesse cenário que surge Jezabel com seus ídolos. Todos os reis
idólatras de Israel foram maus, mas o pior de todos foi Acabe. Seu nome, três
mil anos depois de sua existência, segue associado à JEZABEL.
Jezabel era filha de Etbaal, da Sidônia ou
Sidon, que hoje é a terceira maior cidade do Líbano e, na época de Jezabel, era
a cidade mais importante da Fenícia. O casamento aconteceu para estabelecer
laços entre os fenícios e Israel.
• I Reis 18:16-19
• I Reis 18:22-24
Após
seu casamento, Jezabel continuou adorando deuses fenícios, mas não se limitou a
isso, pois o que ela queria era combater o culto e a adoração ao Deus Eterno.
Recorreu ao dinheiro público para sustentar seus 450 profetas de Baal (deus da
terra) para sustentar mais os 400 profetas da deusa Aserá (deusa da
fertilidade). Os sacerdotes israelitas foram eliminados ou então tiveram que se
exilar no deserto, devido à perseguição da rainha.
Se
somarmos as perversas bruxas dos contos de fadas mais a personagem do filme “O
Diabo veste Prada”, teremos a figura de Jezabel, porém, ela não foi uma
fantasia ou um personagem de uma estória, foi tão real quanto nós, aqui, hoje.
Sem Deus no centro de nossos corações, nós também podemos nos tornar uma
Jezabel. Se ela tivesse vivido nos dias de hoje, a veríamos constantemente nas
capas das mais famosas revistas.
Sentir-se-ia livre para expressar sua
sexualidade à sua maneira. Seu esposo seria um homem importante e líder, sobre
quem ela teria uma forte influência. Ela certamente foi uma mulher de impacto e
poder. Estava sempre enfocado em lucrar com o que lhe era proposto, era muito
segura de si mesma e imponente. Suas características são muito estimuladas nos
dia de hoje, no mundo, para nós mulheres. Era uma mulher feminina, mas
terrivelmente destrutiva:
-
Atraente;
- Sedutora;
- De língua persuasiva;
- Com idéias contundentes;
- Tinha grandes qualidades de liderança;
- Era uma mulher determinada;
- Independente;
- Sem escrúpulos.
• Salmo 135:15-18
Esta
escritura descreve os ídolos e seus adoradores. Jezabel se tornou cega para
Deus e cega ao sofrimento dos outros por causa da sua busca a Baal.
Possivelmente estava morta espiritualmente.
1. Cega para Deus
Todos
nós fomos criados com uma real necessidade de Deus para vivermos uma vida plena
como diz em II Pedro 1:3-4
Os
ídolos oferecem um rápido consolo que temporariamente sana o vazio, eles são
como um amuleto para nos sentirmos seguros e para alcançarmos o que esperamos,
porém, nunca nos satisfazem plenamente. Ao contrário, nos decepcionam e nos
tornam cegos e incrédulos. Ídolos não são somente imagens como as que Jezabel
adorava. Qualquer coisa que colocamos no lugar de Deus, aquelas que
temporariamente sanam o nosso vazio, são ídolos. Às vezes pode ser nossa
própria ambição: trabalho, concurso, realização profissional, etc., como também
pode ser pessoas: namorado, marido, mãe, irmão, filhos, etc
Ter
ídolos não é uma prática exclusiva dos pagãos, é uma franqueza feminina. Tanto
faz se você é cristã ou não. Pode acreditar: idolatria é uma de suas fraquezas.
Constantemente precisamos verificar se algo está no lugar que somente Deus pode
ocupar em nossas vidas.
O mais dramático exemplo de cegueira de Jezabel foi a do Monte Carmelo.
Recorde
do desafio de Elias, onde os profetas de Baal aceitaram a proposta e começaram
a clamar por seu deus (Baal), a dançar, e Elias, em contrapartida, começou a
zombar deles dizendo que gritassem mais alto, pois talvez Baal estivesse
dormindo ou teria dado uma “saidinha”, etc. Eles passaram o dia inteiro tentando
chamar a atenção do deus deles. Ao final da tarde Elias começou a preparar o
altar para Deus: “Com as pedras construiu um altar em honra ao nome do Senhor e
cavou ao redor do altar uma valeta na qual poderiam ser semeadas duas medidas
de sementes.
Depois arrumou a lenha, cortou o novilho em pedaços e o pôs sobre
a lenha. Então lhes disse: Encham de água quatro jarras grandes e derramem-na
sobre o holocausto e sobre a lenha. Façam-no novamente, disse, e eles o fizeram
de novo. Façam-no pela terceira vê, ordenou e eles o fizeram pela terceira vez.
A água escorria do altar, chegando a encher a valeta. À hora do sacrifício, o
profeta Elias colocou-se à frente do altar e orou: Ó Senhor Deus de Abraão, de
Isaque e de Israel, que hoje fique conhecido que tu és Deus em Israel e que sou
o teu servo e que fiz todas essas coisas por ordem tua.Responda-me ó Senhor,
responda-me, para que este povo saiba que tu, ó Senhor, és Deus e que fazes o
coração deles voltar para ti. Então o fogo do Senhor caiu e queimou completamente
o holocausto,a lenha, as pedras e o chão e também secou totalmente a água da
valeta. Quando o povo viu, todos caíram prostrados e gritaram: O Senhor é Deus!
O Senhor é Deus! Então Elias ordenou-lhes: prendam os profetas de Baal. Não
deixem nenhum escapar. Eles os prenderam e Elias os fez descer ao riacho de
Quison e lá os matou”( Reis 18:32-40).
Elias
tinha pedido que Acabe convocasse todos os profetas de Baal, e é interessante
notar que Jezabel não estava lá. Ela se dizia chefe dos profetas. Possivelmente
não quis se expor a nada que pudesse desestabilizar seu sistema de crenças.
Deus
deu a ela a oportunidade de livrar-se de sua cegueira, como fez com todas nós e
como faz com todas as pessoas. Ele tentou revelar seu poder para ela através
de:
“Aqueles
que são sábios reluzirão como o fulgor do céu, e aqueles que conduzem muitos à
justiça serão como as estrelas, para todo o sempre” (Daniel
12:3).
- Sua autoridade, impedindo que chovesse por três anos consecutivos (I Reis 17:1);
- Seu poder; ao responder Elias através do sacrifício no Monte Carmelo;
- Sua justiça, matando a todos os falsos profetas de Baal;
- Sua misericórdia, ao restaurar a chuva (I Reis 18:41);
- Sua amorosa paciência, ao dar-lhe tempo para que se arrependesse.
Jezabel continuou com seu coração obstinado e endurecido:
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I Reis 19:1-3
Você
pode imaginar essa situação? Um homem que aparentemente era corajoso teve pavor
dessa mulher! Um homem que tinha suas orações respondidas por Deus! Somente um
tempo cara-a-cara com Deus, e a companhia de Eliseu ajudaram a restaurar a
coragem deste homem desesperado. Elias necessitou ser convencido por Deus, e
este lhe mostrou que sua quieta e pequena voz era infinitamente mais poderosa
que os vitoriosos alaridos de Jezabel.
2. Surda ao sofrimento dos outros
O
deus pagão da terra e da fertilidade exigia a prostituição no templo e o
sacrifício de crianças. Sacrificá-las era tão fácil como cortar o cabelo.
Obviamente Jezabel não deu honras a Deus porque ela não tinha respeito pelas
pessoas criadas à imagem dEle..
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I Reis 21:1-16
A
cegueira para com Deus ensurdece nossos ouvidos ao clamor dos outros. Jezabel
também era surda ao clamor da alma do seu marido. Ressentido por causa das
inquestionáveis demonstrações do poder de Deus, o coração de Acabe não se
voltou para o Senhor. O ambicioso rei desejou possuir a vinha de Nabote.
Jezabel reprovou a atitude do marido, porém, não confrontou seu pecado e não o
ajudou a ir para Deus.
Como poderia se ela mesma não conhecia Deus? Ela tomou o
problema em suas mãos: Decidiu fazer feliz ao seu marido sendo complacente com
a natureza pecaminosa dele. Valendo-se de enganos e mentiras assassinou Nabote.
Essa
é mais uma das nossas fraquezas: auto suficiência, que tem a raiz no egoísmo.
Ela se aflora mais quando nos casamos. Queremos dominar as situações. Muitas de
nós chegam a pensar em como nosso marido é fraco e “devagar”. Que tolice
acreditar que por tentar resolver nossos problemas com nossas próprias mãos
eles serão resolvidos!.Paramos de depender de Deus e queremos depender das
nossas próprias forças. O egoísmo nos torna surdas ao sofrimento alheio.
3. Conseqüências da cegueira e da surdez de Jezabel
• II Reis 9:30-37
• I Reis 21:20-26
A
falta de vulnerabilidade e humildade foi cara para Jezabel. É muito triste ver
que ela chegou até as portas do inferno cheia de arrogância e soberba. Viveu
sua vida como quis sem se importar com o custo disso, jamais se curvou diante
de Deus. Seu futuro foi um fracasso. Já era viúva antes de morrer. Foi uma
péssima mãe, não nutriu nem amou as almas de seus filhos; os viu nascer somente
para depois vê-los morrerem em humilhação.
Acazias,
sucessor de Acabe no trono, reinou por dois anos em Israel e morreu depois de
uma queda da sacada se sua casa.Seu neto, rei de Judá e seu filho Jorão, que
reinava em Israel, morreram, por meio de Jeú horas antes que ela morresse.
Possivelmente o fato de ela ter se arrumado quando viu Jeú fosse por causa do
sofrimento que estava sentindo ou simplesmente era muito orgulhosa e queria morrer
de maneira “digna”.
Ela
deu a seus filhos terras que não eram dela e que só lhes causaram destruição.
Seus filhos foram sacrificados no altar de seu próprio orgulho.
Foi
mãe de Atalia, e não se sabe qual das duas foi mais cruel. Atalia foi dada em casamento
a Jeorão, rei de Judá (reino do Sul), com a intenção de promover união entre
Israel e Judá. Seu filho foi morto no mesmo dia em que morreu sua mãe
(Jezabel).
Quando soube da morte do filho mandou matar todos os descendentes da
família real, inclusive seus netos, e governou Judá por seis anos. A Bíblia diz
que Judá somente teve paz depois que Atalia morreu à espada no seu próprio
palácio.
Sete
anos após a morte de Jezabel, não restou nenhum descendente dela como Deus
havia profetizado.
A
vida tem tudo a ver com tomar decisões. Tomamos decisões todos os dias – o que
comer, com quem passar tempo e que tarefas priorizar. As boas decisões levam ao
contentamento e a uma vida realizada, ao passo que as más decisões levam ao
desapontamento, à dor e ao caos interior. Como a Bíblia diz você colhe o que
semeia (Gl. 6:7).
O Ato de tomar boas decisões vem de Deus.
Pra
não nos parecermos tanto com Jezabel tenho quatro dicas:
- Entregue suas vontades a Deus. Jezabel fez o contrário e colheu o pior;
- Escolha cuidadosamente suas amizades e relacionamentos. Acabe e Jezabel trouxeram à tona o pior um do outro. Eles queriam dominar a vida um do outro e dos outros. Busque conselhos de pessoas sábias. Entretanto, não deixe que elas tomem as decisões por você;
- Conheça suas fraquezas e busque se fortalecer. Não deixe que suas fraquezas a dominem;
- Peça sabedoria a Deus. Não confie em seus “achismos”, ou seja, na sua própria sabedoria.
Acabe
e Jezabel são exemplos perfeitos de duas pessoas que tomaram decisões erradas.
Todos nós podemos aprender muito com eles e fazer o oposto, seguindo a Deus,
confiando nele em tudo o que fizermos e amando e respeitando um ao outro.
Convivemos
diariamente com várias Jezabéis. Este estudo é uma grande oportunidade de
ajudar essas mulheres a se livrarem de sua cegueira e da surdez espirituais.
Fonte: Internet