Um jovem
caminhava por uma estrada deserta quando ouviu um som semelhante a um gemido.
Ele não sabia ao certo que ruído era aquele, mas parecia vir de algum lugar
embaixo da ponte.
Conforme ele ia se
aproximando da ponte, o som ficava mais forte. Foi então que ele viu uma cena
que o comoveu. Deitado no leito do rio lamacento estava um cachorrinho de cerca
de dois meses de idade. Ele tinha um ferimento na cabeça e o corpo coberto de
lama. As patinhas da frente estavam amarradas com uma corda e inchadas.
Imediatamente, o
jovem foi tomado de compaixão e dispôs-se a ajudar o cachorrinho, mas, quando
ele se aproximou, o gemido cessou e o animal arreganhou os dentes e começou a
rosnar. O jovem, porém, não desanimou. Abaixou-se e passou a conversar
carinhosamente com o animalzinho.
Depois de certo
tempo, o cachorrinho parou de rosnar e o jovem pôde aproximar-se mais um pouco,
até tocá-lo e começar a desamarrar a corda. O jovem levou o cachorrinho para
casa, cuidou de seus ferimentos, deu-lhe comida e água e um lugar quentinho
para dormir.
Porém, mesmo depois
de tudo isso, o cachorro continuava a arreganhar os dentes e as rosnar todas as
vezes que o jovem se aproximava. Ele, contudo, não desanimou.
Semanas depois, ele
continuava cuidando do cachorrinho até que, um dia, ao ver o jovem
aproximar-se, o animal abanou a cauda. O amor e a bondade persistentes
venceram, dando início a uma longa amizade baseada em lealdade e confiança.
Essa pequena
história serve de exemplo de algo que o Senhor espera de cada um de nós: Que
jamais deixemos de amar e de procurar fazer o bem. E eu não estou falando
somente em fazer o bem aos animais, mas principalmente ao nosso próximo.
O apóstolo Paulo
escreveu o seguinte: “E não nos casemos de fazer o bem, pois no tempo
próprio colheremos, se não desanimarmos.” (Gálatas 6:9).
Muitas vezes nós
tentamos ajudar pessoas que se encontram em situações difíceis. Pessoas que
foram feridas por outras pessoas. Pessoas que estão parecendo solitárias ou
abandonadas. Pessoas que se encontram presas em seus vícios ou acorrentadas as
suas amarguras. Nós nos aproximamos devagar delas, tentando ajudá-las. Mas
quando chegamos muito perto delas, desejando saber onde se encontram as suas
dores, elas se fecham para nós, e muitas, literalmente só faltam “rosnar” para
nós.
Nessas horas, se
não estivermos revestidos do amor e da longanimidade de Deus, podemos
simplesmente virar as costas e dizer: “Bom, eu tentei ajudar, mas ela não quis
a minha ajuda!”. Mas são nessas horas que devemos lembrar-nos dessas palavras
de Paulo “E não nos cansemos de fazer o bem.” Devemos insistir
no amor.
Talvez o
cachorrinho da história acima rosnasse para aquele jovem por lembrar que foi um
ser humano parecido com aquele quem o abandonou daquele jeito. Talvez muitas
dessas pessoas tenham medo de que venhamos a feri-las mais do que já estão.
Muitas delas perderam toda a confiança nas pessoas. Mas nós devemos insistir e
mostrar que nós realmente desejamos ajudá-las, e com amor e paciência ficarmos
ao lado delas até que elas se sintam novamente amadas e seguras.
Talvez hoje você
esteja quase desistindo de alguém. Você já fez tudo que foi possível, mas só
tem levado “patadas” e “rosnadas”. Mas, por favor, não desista! Continue dando
uma chance ao amor. Existem feridas que demoram muito tempo para serem
cicatrizadas, e você vai precisar entender isso.
história que foi
recontada pela escritora Alice Gray
Posado por Sergio Muller
Recebi pelo Grupo
Amigos e Amigas em Cristo